Exercícios de revisão

  • Responde às seguintes perguntas

Quantas vogais existem em português e quais são?

Quantos meses tem um ano?

Em que mês se festeja o natal?

Quais os meses de primavera?

  • Preenche os espaços em branco
Eu sou____________ e venho de _______. Tenho _______________ anos de idade.
De manhã digo _______________ aos meus amigos. Eu vou dormir à ______.
Eu vivo com ________________________________________________.
Descanso no fim-de-semana, isto é, no _______ e no ________.

  • Altera o género e o número das seguintes palavras, fazendo-as preceder do artigo correspondente:
cadelas-
santo-
professoras-
bonecas-
mãe-
irmãs-
  • Escreva por extenso os seguintes números:
3-
6-
15-
79-
100-
230-
1582-
  • Observa a imagem e divide sintacticamente as frases, apresentando um dos testes de identificação de constituintes (sujeito e objecto directo)?




Frase:

Sujeito-

OD-











Frase:

Sujeito-

OD-









Frase:

Sujeito-

OD-





Frase:

Sujeito-

OD-









Frase:

Sujeito-

OD-








  • Coloca no singular:
Cavalos:
Operações:
Narizes:
Bancas:
Cãezitos:
Ardis:
Colunas:
Tais:
Mordazes:
Felizes:
Avôs:
  • Coloca no masculino:
Avó:
Padeira:
Gata:
Rainha:
Loba:

Membros da família (parte 1)

Adaptado para um nível inicial A1/A2

Tema: Membros da família (parte 1)
Com referente no inglês:




Família imediata ou núcleo familiar:

Pais: Pai/ Mãe

Filhos: Filho/ Filha

Irmãos: Irmão / Irmã







Avós:
Avô/ Avó

Netos: Neto/ Neta








Tios: Tio/ Tia

Sobrinhos: Sobrinho/ Sobrinha

Primos: Primo/ Prima


Todas as famílias podem ser diferentes. Umas mais numerosas, outras mais pequenas; umas mais chegadas, outras mais distantes; umas têm uma casa, outras duas.
A noção de família é diferente de pessoa para pessoa, pois cada um de nós vive realidades diferentes. A maioria das famílias são unidas por laços de sangue, mas outras são constituídas por irmãos de diferentes pais, vários filhos adoptados, por duas mães, por tios que nos criam... Cada família é uma realidade.

Léxico essencial:
  • Pai (s)
  • Mãe (s)
  • Filho (a) (s)
  • Irmão (s)
  • Irmã (s)
  • Avô (s)
  • Avó (s)
  • Tio (a) (s)
  • Sobrinho (a) (s)
  • Primo (a) (s)
Expressões essenciais:

  • Núcleo familiar
Exercício:
  • Observa a imagem em baixo e preenche os espaços em branco.

  1. O Homer é __________ da Maggie.
  2. A Maggie é ___________ da Lisa.
  3. A Lisa é ___________ da Patty e da Selma.
  4. A Selma é __________ do Bart.
  5. O Bart é __________ do Abraham.
  6. O Abraham é __________ do Homer.
  7. O Hommer é _________ do Herb.
  8. O Herb é _________ da Lisa.
  9. A Lisa é _________ da Marge.
  10. A Marge é _______ da Ling.
  11. A Ling é _______ da Jackeline.
  12. A Jackeline é _______ do Bart
  13. O Bart é ________ da Ling.
  14. A Ling é ______ da Lisa.
  • Como é a tua família? Descreve-a.

Pedidos e agradecimentos (parte I)

Adaptado para um nível inicial A1/A2

Tema: Pedidos e agradecimentos (parte I)


Em português há várias formas de pedir e agradecer algo. No final de qualquer pedido, é costume, por um modo de cortesia, dizer "por favor". Quando o pedido é satisfeito agradece-se a dizer "obrigado" (masc.) ou "obrigada" (fem.). Também se usa a forma "agradecido" ou "agradecida". Após o agradecimento é de costume o outro dizer "de nada" ou "não tem de quê".


Por exemplo, numa passadeira rolante da estação de metro do Marquês de Pombal, um passageiro pede para passar a outro que se encontra parado:

Pode dar-me licença, por favor? /
Posso passar, se faz favor?/
Com licença...

O outro passageiro deixa-o passar enquanto diz:

Por favor!/
Faça o favor!

O primeiro, que fez o pedido, ao passar agradece:

Obrigado! (caso seja do sexo masculino)
Obrigada! (caso seja do sexo feminino)
Muito obrigado(a)!
Agradecido (a)! (consoante o sexo)

Enquanto o que se desviou replica:

De nada!/
Não têm de quê!


Por outro lado, podemos observar vários verbos preferencialmente ligados, semanticamente, ao pedido. O verbo "poder", no presente do indicativo (pres. do ind.) com um verbo auxiliar no infinitivo (inf.), é talvez o mais usado para expressar um pedido:

Eu posso tirar um rebuçado?
Tu podes estar calado?
Ele pode entrar?
Nós podemos ver o bebé?
Vós podeis vir comigo?
Eles podem voltar mais tarde?

Da mesma forma, o uso do verbo poder no futuro do pretérito do indicativo (fut. do pret. do ind.) com um verbo auxiliar no infinitivo, também é usado para expressar o pedido, mas de uma forma mais cortês e polida:

Eu poderia tirar um rebuçado?
Tu poderias estar calado?
Ele poderia entrar?
Nós poderíamos ver o bebé?
Vós poderíeis vir comigo?
Eles poderiam voltar mais tarde?

Este verbo é mais utilizado na formação da interrogativa. Mas não é só o verbo "poder" exprime o sentido de pedido, nem se pode fazê-lo só com interrogativas. O pedido pode ser formado após lhe ter sido perguntado o que deseja.

Deseja alguma coisa?
Então o que deseja?
Então o que vai ser?
Posso ajudar-lhe?

Assim, pode-se formular um pedido através de uma frase afirmativa:

Eu quero um bolo, se faz o favor.
Tu tens de trazer o livro.
Eles precisam de uma cartolina.
Nós temos de falar consigo.
(Você) -me um guardanapo.
Eles têm de fazer os trabalhos de casa.

Estes verbos, semanticamente, transitam entre o pedido e a ordem, adequando-se a diversas situações e tipos de interlocutores. Mas neste momento interessa-nos reter que o pedido pode ser expresso de diversas formas, tanto na interrogativa, como na afirmativa (e até no imperativo), e que pode surgir associado a expressões fixas como "por favor", o que implica certos tipos de respostas mais ou menos cristalizadas. Mais tarde voltaremos a este assunto para aprofundá-lo.






(in. Gato fedorento)

Léxico essencial:
  • Poder (verbo no fut. do pret. do ind. e no fut. do pret. do ind.)
Expressões essenciais:
  • Por favor / Se faz o favor
  • Obrigado /obrigada
  • Não tem de quê.
  • De nada.
  • poder(pres. do ind.) + (inf.)
  • poder (fut. do pret. do ind.) + (inf.)


Artigo


Tema: Artigo: definido e indefinido (parte 1)

TEORIA GRAMATICAL:

"ARTIGO DEFINIDO E INDEFINIDO

Dá-se o nome de ARTIGO às palavras o (com as variações a, os, as) e um (com as variações uma,uns, umas) que se antepõem aos substantivos para indicar:
  • a) que se trata de um serconhecido do leitor ou ouvinte, seja por ter sido mencionado antes, seja por ser objecto de um conhecimento de experiência, como nestes exemplos:
Levanta-se, vai à mesa, tira um cigarro da caixa de laca, acende o cigarro no isqueiro, larga o isqueiro, volta ao sofá. (Fernanda Botelho, X, 183)

Atravessaram o pátio, deixaram na escuridão o chiqueiro e o curral, vazios, de porteiras abertas, o carro de bois que apodrecia, os juazeiros. (Graciano Ramos, VS, 161)
  • b) que se trata de um simples representante de uma dada espécie ao qual não se faz menção anterior:
(...) Era uma casinha nova, a meia encosta, com trepadeiras pela varanda. Tinha um pomar pequeno de laranjeiras e marmelos e mais uma hortazinha, ao longo do rego que descia do morro. (Rodrigo M. F. de Andrade, V, 119)

No primeiro caso dizemos que o artigo é DEFINIDO; no segundo, INDEFINIDO.

Observação: « O artigo é um signo que exige a presença de outro (ou outros) com o qual se associa em sintagmas: um signo dependente. Por outra parte, pertence ao tipo de signos que se agrupam em paradigmas ou inventários limitados, fechados: os signos morfológicos, cujos conteúdos - os morfemas - constituem o sistema gramatical, em oposição aos signos léxicos, caracterizados por constituirem inventários abertos, ilimitados» (Emilio Alarcos Llorach. El artículo en español. In To Honor Roman Jakobson; Essays on the Occasion of his Seventieth Birthday, I. The Hague - Paris, Mouton, 1967, p.19).

FORMAS DO ARTIGO

Formas simples
  • 1) São estas as formas simples do artigo:


  • 2) No português antigo havia as formas lo (la, los, las) e el do artigo definido.
Lo (e suas variações) só aparecem hoje, como artigo, em construções estereotipadas do tipo mai-lo (=mais o) ocorrentes em falares de Portugal (...)

  • 3) A forma arcaica el do artigo masculino fossilizou-se na titulatura el-rei, talvez por influência da conservadora linguagem da Corte:
Então o terceiro a El-Rei rogou Licença de os buscar, e El-Rei negou.
(Fernando Pessoa, OP, 25)

Formas combinadas do artigo definido
  • 1) Quando o substantivo, em função de complemento ou de adjunto, se constrói com uma das preposições a, de, em e por, o ARTIGO DEFINIDO que o acompanha combina-se com essas preposições, dando:


  • 2) Crase. O artigo definido feminino, quando vem precedido da preposição a, funde-se com ela e tal fusão (=CRASE) é representada na escrita por um acento grave sobre a vogal (à). Assim:

Vou a + a cidade = Vou à cidade
(prep. que introduz o adjunto adverbial do verbo ir) + (artigo que determina o substantivo cidade) = ( a craseado, a que se aplica o acento grave)

Não raro, o à vale como redução sintáctica da expressão à moda de (= à maneira de, ao estilo de):
(...)Mas o major? Porque que não ria à inglesa, nem à almã, nem à francessa, nem à brasileira? Qual o seu género? (Monteiro Lobato, U, 117) (...)
  • 4) Quando a preposição que antecede o artigo está relacionada com o verbo, e não com o substantivo que o artigo introduz, é aconselhável que os dois elementos fiquem separados, embora não faltem exemplos da sua aglutinação na prática dos melhores escritores:
A circunstância de as vindimas juntarem a família prestava-se a uma reunião anual na Junceda. (Miguel Torga, V, 159) (...)
  • 5) A antiga preposição per contraía-se com lo(s), la(s), formas primitivas do artigo definido, produzindo pelo(s), pela(s). Estas contracções vieram substituir polo(s) e pola(s), de emprego normal no potuguês clássico, como ilustram os versos camonianos:
Pois polos doze pares dar-vos quero
Os doze de Inglaterra, e o seu Magriço.
(L, I, 12)

Da Lua os claros raios rutilavam
Polas argênteas ondas Neptuninas.
(L, I, 58)

Formas combinadas do artigo indefinido
  • 1) O ARTIGO INDEFINIDO pode contrair-se com as preposições em e de, originando:

  • 2) As preposições em e de, antepostas ao artigo indefinido que integra o título de obras, separam-se dele na escrita:

Sofríamos do que, em Um olhar sobre a Vida, qualifiquei de «insónia internacional». (Genolino Amado, RP, 21) (...)
  • 3) Também não é aconselhável a contracção do artigo indefinido com a preposição que se relaciona com o verbo, e não com o substantivo que o artigo introduz:
A obra atrasou-se em virtude de uns operários se terem acidentado."

In. CINTRA, Luís F. Lindley; CUNHA, Celso: Nova gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1997, pp.207-212

Exercício:

Corrija as frases colocando os artigos adequados:


___ João ama ___ vida.

Ele é ___ filho ___ (+de) professora.

__ rapariga comeu ___ bolo.

___ pessoa telefonou-lhe.

Este casaco é ____ (+ de) aluno.

Vou dar ___ festa.

Foi ___ cão que mordeu-me ___ mão.

___ senhora foi ___ (+ a) igreja.

Preciso ___ (+de) caneta.

Vou ___ (+a) festa ___ (+de) Carlos.

___ saco ficou ___ (+em) carro.

___ mendigo pediu-me ___ moeda ____ (+ em) porta ___ ( +de) igreja.

Género: Masculino - Feminino (parte 1)

Tema: Género: Masculino - Feminino (parte 1)


TEORIA GRAMATICAL:

"GÉNERO
  • Há dois géneros em português: o MASCULINO e o FEMININO. O masculino é o termo não marcado; o feminino é o marcado.
  • Pertencem ao género masculino todos os substantivos a que se pode antepor o artigo o:
o aluno; o pão; o poema (...)

Pertencem ao género feminino todos os substantivos a que se pode antepor o artigo a:

a casa; a mão; a ema (...)

  • O género de um substantivo não se conhece, de regra, nem pela sua significação, nem pela sua terminação
Para facilidade de aprendizado, convém, no entanto saber:

Quanto à significação:
  • 1) São geralmente masculinos:
a) os nomes de homens ou de funções por eles exercidas:

João; mestre; padre; rei

b) os nomes de animais do sexo masculino:

cavalo, galo, gato, peru

c) os nomes de lagos, montes, oceanos, rios e ventos, nos quais se subentendem as palavras lago, monte, oceano, rio e vento, que são masculinas:

o Amazonas [= o rio Amazonas]; o Atlântico [= o rio Atlântico]; (...) os Alpes [=os montes Alpes]

d) os nomes de meses e pontos cardeais

março findo; setembro vindouro; o Norte; o Sul

  • 2) São geralmente femininos:
a) os nomes de mulheres ou de funções por elas exercidas

Maria; professora; freira; rainha

b) os nomes dos animais do sexo feminino:

égua; galinha; gata; perua

c) os nomes de cidades e ilhas nos quais se subentendem as palavras cidade e ilha, que são femininas:

a antiga Ouro Preto; as Sicília; as Antilhas (...)

Quanto à terminação:

  • 1) São masculinos os nomes terminados em -o átono:
o aluno; o livro; o lobo; o banco
  • 2) São geralmente femininos os nomes terminados em -a átono:
a aluna; a caneta; a loba; a mesa

Exceptuam-se, porém, clima, cometa, dia, fantasma, mapa, planeta, telefonema, fonema e outros mais (...)
  • 3) Dos substantivos terminados em -ão, os concretos são masculinos e os abstractos, femininos:
o agrião; o balcão; o algodão; o feijão; a educação; a produção; a opinião; a recordação

Exceptua-se mão, que, embora concreto, é feminino.
Fora desses casos, é sempre difícil conhecer-se pela terminação o género de um dado substantivo."

In. CINTRA, Luís F. Lindley; CUNHA, Celso: Nova gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1997, pp.189-191

Exercício:
  1. Diga, quanto ao género, se é masculino ou feminino, as palavras na seguinte lista:
o cachorro - __________
Agosto - __________
emoção - __________
actor - __________
directora - __________
José - __________
Sandra - __________
actriz - __________
visão - __________
cometa - __________
cão - __________
Tejo (rio) - __________
a sandes - __________
exaltação - __________
vaca - __________
boi - __________
Helder - __________
pão - __________
Filipe - __________
Filipa - __________
porteira - __________
mapa - __________
Índico (oceano)- __________
cadela - __________
Este (vento)- __________
porteiro - __________
Abril - __________
Pirenéus (montes) - __________
Londres (cidade) - __________
Madeira (ilha) - __________
Pacífico (oceano)- __________
Complemento directo

Pode-se identificar o objecto directo (OD) da frase:

  • Pela substituição do constituinte OD pela forma acusativa do pronome pessoal:
  1. O Germano comeu o pão.
  2. O Germano comeu-o.
  • Pela topicalização do OD, passando o constituinte para a esquerda do verbo:
  1. A Graça segurou a mala.
  2. A mala foi segurada pela Graça.
  • Pela interrogativa de instanciação "Quem-?" "O que é que-?":
  1. O Jorge agarrou (o Constantino + a caneta) na esquadra.
  2. (Quem + O que é que) o Jorge agarrou na esquadra?

Propriedades típicas de OD.
  • Com certos verbos transitivos, o OD final pode ser nulo(0/):
a) O gato caçou [(0/)OD] toda a noite.
b) A Sara está a dormir [(0/)OD].
  • Com certos verbos transitivos que exprimem tipos gerais de eventos ou processos, o argumento que deveria acorrer como OD final pode ser incorporado no verbo:
a) O padre disse uma oração[OD] na missa. b) O padre orou[V] na missa.
  • Quando a natureza nominal é o argumento nuclear que admite mais facilmente o especificador nulo (0/):
a) Comi galinha ao almoço.
b) *galinha está no prato.
  • O OD final ocorre tipicamente sem preposição (prep). No entanto é precedido de prep:
  1. Quando o OD é um pronome relativo quem:
a) Encontrei a actriz a quem o júri atribuiu o prémio.
  1. Quando o OD é um clítico pronominal:
a) Vi-a a ela a entrar no carro.
  1. Em certas expressões feitas, o OD ocorre procedido de "a":
a) Amar a Deus mas amá-lo.
  • Nas frases básicas , o OD final ocorre imediatamente à direita do verbo; e imediatamente à direita do objecto indirecto (OI), se:
  1. OI for um clítico:
a) O José fez-lhe [OI] a vontade[OD].
  1. OD for um SN longo ou complexo ou uma frase de complemento:
a) A Sílvia copiou da Susana[OI] a resposta[OD]

Cf. MATEUS, H. Mira et alii: Gramática da Língua Portuguesa, Lisboa, Caminho, 1989

Exercício:
  1. Identifique o objecto directo (complemento directo) da frase escrita no quadro, da imagem em cima, aplicando os testes acima descritos.
  2. Identifique na frase, na imagem em baixo, o complemento directo.

    Identificação de Sujeito

    Pode-se identificar o sujeito (SU) da frase:
    • Pela substituição do sujeito por um pronome
    1. O Germano comeu o pão.
    2. (Ele) comeu o pão.
    3. *(Eles) comeu o pão.
    • Pela identificação do sujeito com a frase "Foi SU que -"
    1. A Graça segurou a mala.
    2. Foi a Graça que segurou a mala. (e não a Maria).
    • Pela estrutura pseudo clivada"(Quem + O que) SV ser SU"
    1. O Estevão abriu a porta.
    2. A pedra partiu a janela.
    3. Quem abriu a porta foi o Estevão.
    4. O que partiu a janela foi a pedra.
    • Pela topicalização do sujeito, passando-o para a direita de estrutura*:
    1. A Solange tapou o frasco.
    2. O frasco foi tapado pela Solange.
    • Pela interrogativa de instanciação, "Quem -", "O que - "
    1. O filme pareceu pequeno.
    2. O José pareceu pequeno.
    3. (Quem + O que) pareceu pequeno?
    * Numa frase activa com passiva correspondente, o SU final é, na passiva respectiva um obliquo (OBL) e ocorre precedido da preposição (Prep), em geral "por".

    OBS: Nas frases básicas o sujeito (SU) ocorre na primeira posição argumental da frase; é o controlador (típico da concordância verbal); preferencial da anáfora frásica; exclusivo dos pronomes anafóricos.
    Quando o SU é um pronome não enfático tem, geralmente uma realização nula. A inexistência de SUs «gramaticais», aparentemente vazios, funcionam como «suporte» em estruturas de verbos impessoais. A inexistência de uma forma pronominal nominativa que exprima o chamado SU «indeterminado» pode ser expresso pelo clítico nominativo se acompanhado pela 3º pessoa do singular de um verbo e pela 3ª pessoa do plural de um verbo com o SU nulo.
    Cf. MATEUS, H. Mira et alii: Gramática da Língua Portuguesa, Lisboa, Caminho, 1989

    Exercício: Identifique o sujeito da frase escrita no quadro, da imagem em cima, aplicando os testes acima descritos.

    Ordem na frase: frases declarativas

    Ordem básica: Frases declarativas

    Ordem na frase: "Uma frase é constituída por um sequência linear de um conjunto de unidades básicas, as palavras, numa ordem determinada."
    In. RAPOSO, Eduardo Paiva- Introdução à Gramática Generativa, Lisboa, Moraes editores, 1979
    1. A Joana bateu no carro.
    2. O carro bateu na Joana.
    3. *Na bateu Joana carro o.


    A ordem básica nas frases declarativas é SVO ( Sujeito, Verbo, Objecto)

    Ex: A Marta comeu a sopa.



    Em Português exibe-se o complemento à direita do verbo (SVO), normalmente ordem não marcada, sem pausas e sem acento contrastivo

    Ex. O Luís leu o livro {SVO}

    Mas:

    O livro, o Luís leu.{OSV}

    O livro, leu o Luís.{OVS}

    Leu o livro, o Luís.{VOS}

    Topicalização: Deslocação de constituintes para a esquerda da frase; há uma tendências em português para se deslocar para o início da frase o constituinte sobre o qual recaí, de um modo especial, a atenção ou interesse do autor da enunciação; qualquer que seja a função sintáctica e a natureza estrutural do constituinte deslocado, este pode sempre deixar uma cópia pronominal.

    O Luís leu-o.

    Frase: é uma unidade estrutural, uma sequência estruturada de palavras. Os elementos da frase organizam-se numa estrutura de níveis hierarquizados, organizando-se uns em relação aos outros, segundo diversos níveis de hierarquização.

    Dias da semana, meses do ano, estações e datas.

    Adaptado para um nível inicial A1/A2


    Tema:
    Dias da semana, meses do ano, estações e datas.

    Como vimos anteriormente, a semana é constituída por cinco dias de trabalho e dois de fim-de-semana:
    • Segunda-feira
    • Terça-feira
    • Quarta-feira
    • Quinta-feira
    • Sexta-feira
    • Sábado
    • Domingo
    Agora vamos ver os meses do ano. Em geral, podemos dividir o ano em meses e estações. Os meses são doze:

    1. Janeiro
    2. Fevereiro
    3. Março
    4. Abril
    5. Maio
    6. Junho
    7. Julho
    8. Agosto
    9. Setembro
    10. Outubro
    11. Novembro
    12. Dezembro
    As estações do ano são quatro:
    • Primavera
    • Verão
    • Outono
    • Inverno

    A primavera começa a 21 de Março (dia da árvore) até 20 de Junho. O verão vai de 21 de Junho a 22 de Setembro. De 23 de Setembro a 20 de Dezembro é Outono. Por fim, de 21 de Dezembro a 20 de Março é Inverno.

    (com referente no Inglês)



    Agora que já vimos os dias da semana, do mês, as estações e os números, torna-se mais fácil falar sobre datas.

    Por exemplo, em português, ao pode-se perguntar qual o dia corrente:

    Que dia é hoje?/ Em que dia é que estamos?/ Estamos a quantos?

    Ao que se responde :

    Hoje é dia dezassete de Maio. / Hoje é sábado.
    Hoje é (dia) catorze de Setembro. / Hoje é quinta-feira. / Hoje é quinta.

    Mas também pode surgir uma pergunta de carácter pessoal como a data de aniversário:

    Quando é que fazes anos?/ Qual a tua (sua) data de nascimento?/ Quando é o seu (teu) aniversário?*

    Ao que se responde, por exemplo:

    Eu faço anos no dia treze de Dezembro. / Eu nasci a vinte e um de Fevereiro. / Os meus anos são a nove de Março.

    *Esta última forma é mais comum no português do Brasil, tendo-se em Portugal a primeira forma como preferencial.

    Exercício:
    • "Assinale se as afirmações são verdadeiras (V) ou falsas (F).
    1. Os cursos têm datas iguais, mas horários diferentes.
    2. As inscrições para os cursos acabam no dia 4 de Junho."
    In. Teste de conhecimento de língua portuguesa (maiores de 15 anos), 19 de Maio de 2007



    Dias da semana

    Adaptado para um nível inicial A1/A2

    Tema:
    Dias da semana



    A semana tem 7 dias:

    • Segunda-feira
    • Terça-feira
    • Quarta-feira
    • Quinta-feira
    • Sexta-feira
    • Sábado
    • Domingo

    Os dias correspondentes à semana de trabalho são, na oralidade, muitas vezes abreviados. Assim, muitas vezes são referidos como:

    Segunda, Terça, Quarta, Quinta e Sexta

    Os restantes pertencem ao fim-de-semana:

    Sábado e Domingo

    Em Abril, águas mil




    (In. Diz que é uma Espécie deMagazine)

    Provérbios:

    "Em Abril, chuvas mil" ou "em Abril, águas mil"

    = Reflecte o conhecimento popular sobre o estado do tempo no mês de Abril, mês chuvoso e inconstante, em Portugal.

    Números

    Adaptado para um nível inicial A1/A2

    Tema:
    Numerais cardinais

    (com referente no Inglês)


    Os numerais podem ser cardinais, ordinais, multiplicativos e fraccionários.

    Hoje vamos-nos debruçar sobre os numerais cardinais.

    "Os numerais cardinais são os números básicos. Servem para designar:

    a) a quantidade em si mesma, caso em que valem por verdadeiros substantivos

    Dois e dois são quatro.

    b) uma quantidade certa de pessoas ou coisas, caso que acompanham um substantivo à semelhança dos adjectivos:

    Geraldo levantou-se, deu três passos para a frente. (Osman Lins, FP, 158.)
    - Botou a cinco cântaros o mel... e a dois lagares o azeite. (Aquilino Ribeiro, M, 44.)"

    In. CINTRA, Luís F. Lindley; CUNHA, Celso: Nova gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1997, p. 367

    Vamos, então, comparar os numerais arábicos com os cardinais:

    0. zero
    1. um
    2. dois
    3. três
    4. quatro
    5. cinco
    6. seis
    7. sete
    8. oito
    9. nove
    10. dez
    11. onze
    12. doze
    13. treze
    14. caquatorze
    15. quinze
    16. dezasseis ou dezesseis
    17. dezassete ou dezessete
    18. dezoito
    19. dezanove ou dezenove
    20. vinte
    A partir daqui, junta-se o numeral das dezenas com o das unidades, utilizando, para uni-las, a conjunção [e]. Por exemplo:

    23 » vinte (dezenas) e três (unidade)

    Assim temos:

    30. trinta
    40. quarenta
    50. cinquenta
    60. sessenta
    70. setenta
    80. oitenta
    90. noventa
    100. cem (ou cento, quando associado a outro valor que não o redondo 100)

    Também a partir daqui, se junta as centenas às dezenas e unidades, sempre separado pela conjunção [e]. Assim:

    115. cento e quinze
    178. cento e setenta e oito

    E assim por diante. Assim

    200. duzentos
    300. trezentos
    400. quatrocentos
    500. quinhentos
    600. seiscentos
    700. setecentos
    800. oitocentos
    900. novecentos
    1000. mil

    A partir do milhar conta-se as unidades de milhar, dezenas de milhar centenas de milhar, até ao milhão (1.000.000). Como por exemplo:

    4567. quatro mil, quinhentos e sessenta e sete
    87453. oitenta e sete mil, quatrocentos e cinquenta e três
    785498. setecentos e oitenta e cinco mil, quatrocentos e noventa e oito

    (com referente no Inglês)


    TEORIA GRAMATICAL:
    "Flexão dos numerais.
    Cardinais:

    1. Os NUMERAIS CARDINAIS um, dois, e as centenas a partir de duzentos variam em género:

    um - uma
    dois - duas
    duzentos - duzentas
    trezentos - trezentas

    2. Milhão, bilião (ou bilhao), trilhão, etc. comportam-se como substantivos e variam em número:

    dois milhões
    vinte trilhões

    3. Ambos, que substitui o cardinal os dois, varia em género:

    ambos os pés - ambas as mãos

    4. Os outros CARDINAIS são invariáveis. (...)

    Valores e empregos dos cardinais.

    1. Na lista dos CARDINAIS costuma-se incluir zero (0), o que equivale a um substantivo, geralmente usado em aposição:

    grau zero; desinência zero

    2. Cem, forma reduzida de cento, usa-se como adjectivo invariável:

    Cem rapazes; cem meninas

    Cento é também invariável. Emprega-se hoje apenas:

    a) na designação dos números entre cem e duzentos

    cento e dois homens; cento e duas mulheres

    b) precedido do artigo, com valor substantivo:

    Comprou um cento de bananas. ; Pagou caro pelo cento de peras.

    c) na expressão cem por cento.

    3. Usa-se ainda conto (antigamente = um milhão de réis) no sentido de «mil escudos» (em Portugal) (...)

    4. Bilião (que também se escreve bilhão, principalmente no Brasil), significava outrora «um milhão de milhões», valor que ainda conserva em Portugal (...). No Brasil (...) representa hoje «mil milhões». (...)

    Cardinal como indefinido.

    O emprego do número determinados pelo indeterminados é um processo de superlativação preferidos pelas línguas românicas.
    Sirva de exemplo o cardinal mil, desde os começos da língua largamente usado para expressar e indeterminação exagerada:

    Em Abril, chuvas mil [ou «em Abril, águas mil»]

    Emprego da conjunção e com os cardinais.

    1. A conjunção e é sempre intercalada entre as centenas, dezenas e unidades:

    trinta e cinco
    trezentos e quarenta e nove

    2. Não se emprega a conjunção entre os milhares e as centenas, salvo quando o número terminar numa centena com dois zeros:

    1892= mil oitocentos e noventa e dois
    1800= mil e oitocentos

    3. Em números muito grandes, a conjunção e emprega-se entre os membros da mesma ordem de unidades, e omite-se quando se passa de uma ordem para a outra:

    293 572 =duzentos e noventa e três mil quinhentos e sessenta e dois
    332 415 741 211 = trezentos e trinta e dois biliões (ou bilhões), quatrocentos e quinze milhões, setecentos e quarenta e um mil duzentos e onze. ".

    Ibidem, pp.371-373



    (com referente no Inglês)



    Temas abordados:
    • Números
    • Numerais cardinais
    • Cardinal como indefinido
    • Conjunção e
    • Provérbio "Em Abril, águas mil."
    Exercício:
    • Ouça o texto e escreva os números que são enunciados.

    Revisão esquematizada de Número: singular- plural (parte 2)

    Adaptado para um nível inicial A1/A2
    Tema:Número: singular- plural (parte 2, esquematizado)

    Regra geral:

    Singular » Plural


    [-r] » [-r + es]
    [-z] » [-z + es]
    [-n] » [-n + es]

    [-s] » [-s + es] (quando se trata de palavras agudas)
    [-s] » [-s] (quando se trata de palavras graves) i.e., mamtém-se =

    [-al] » [-ais]
    [-el] » [-eis]
    [-ol] » [-ois]
    [-ul] » [-uis]

    [-il] » [-is] (quando se trata de palavras agudas)
    [-il] » [-eis] (quando se trata de palavras graves)