Pode-se identificar o objecto directo (OD) da frase:
- Pela substituição do constituinte OD pela forma acusativa do pronome pessoal:
- O Germano comeu o pão.
- O Germano comeu-o.
- Pela topicalização do OD, passando o constituinte para a esquerda do verbo:
- A Graça segurou a mala.
- A mala foi segurada pela Graça.
- Pela interrogativa de instanciação "Quem-?" "O que é que-?":
- O Jorge agarrou (o Constantino + a caneta) na esquadra.
- (Quem + O que é que) o Jorge agarrou na esquadra?
Propriedades típicas de OD.
- Com certos verbos transitivos, o OD final pode ser nulo(0/):
b) A Sara está a dormir [(0/)OD].
- Com certos verbos transitivos que exprimem tipos gerais de eventos ou processos, o argumento que deveria acorrer como OD final pode ser incorporado no verbo:
- Quando a natureza nominal é o argumento nuclear que admite mais facilmente o especificador nulo (0/):
b) *galinha está no prato.
- O OD final ocorre tipicamente sem preposição (prep). No entanto é precedido de prep:
- Quando o OD é um pronome relativo quem:
- Quando o OD é um clítico pronominal:
- Em certas expressões feitas, o OD ocorre procedido de "a":
- Nas frases básicas , o OD final ocorre imediatamente à direita do verbo; e imediatamente à direita do objecto indirecto (OI), se:
- OI for um clítico:
- OD for um SN longo ou complexo ou uma frase de complemento:
Cf. MATEUS, H. Mira et alii: Gramática da Língua Portuguesa, Lisboa, Caminho, 1989
Exercício:
- Identifique o objecto directo (complemento directo) da frase escrita no quadro, da imagem em cima, aplicando os testes acima descritos.
- Identifique na frase, na imagem em baixo, o complemento directo.
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